Ao fundo, a face sul da maior montanha do mundo fora do Himalaia , no inverno, quando pouquíssimos alpinistas ousam enfrentá-la.
Para a grande maioria das pessoas é difícil entender a inexorável força que compele os escaladores em direção ao perigo iminente de morte.
O montanhista, sociólogo e poeta, Assis Aymone, que ao escalar o Aconcágua conviveu com a fatalidade da morte do brasileiro Eduardo Silva , nos dá alguma idéia sobre a dimensão deste poder motriz quase indomável:
"O aconcágua cristaliza e canaliza a chamada realidade extrema; ela se manifesta com tamanha força que não conseguimos suportá-la, é tão intensa e aguda que ultrapassa sua própria realidade; os homens perdem seu encanto, sacrificam suas ilusões no altar mais alto da América e muitas vezes perdem também sua alma. Temos impressão de estar na derradeira fronteira, da qual podemos não voltar; não há passaportes que levem ao incognoscível, não há razões que nos façam acessar a imensidão e depois voltar à nossa humanidade; nele corremos o risco de ser rocha e gelo para a eternidade, mas realizamos nosso exorcismo e nossa redescoberta." ( Aconcágua O cume e depois morrer O ser e a montanha, Editora Record , pg. 27)
Aconcágua no verão. A majestosa visão do glaciar horcones, e o camimho que leva à confluência, ponto de controle e acesso às rotas de escalada.
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Cemitério dos andinistas. Aqui se encontra a lápide de Nicolás Plantamura, o primeiro argentino a escalar o Aconcágua e as de muitos outros homens da montanha, como o brasileiro Mozart Catão.
As mensagens dos amigos e familiares, em todas as linguas, levam os visitantes à emoção.
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